sexta-feira, 22 de março de 2013

FOTOCLUBE TAPAJÓS - Mapeamento


 
 
 
Venha fazer parte da Familia FOTOCLUBE Tapajós!

O FOTOCLUBE Tapajós inicia o cadastro dos Artistas Visuas da Região oeste do Pará, com intuito de dialogar sobre a produção, preservação deste segmento entre os artistas.

Fotografos, Artistas plasticos, Desenhitas, grafiteiros envie seus dados (Nome, Rg, CPF, Endereço, Telefone, Email e Foto) para o email: fotoclubetapajos@hotmail.com

Informações:
(93) - 3064-1939
 
fonte: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=486716198059487&set=np.17848562.100003002307598&type=1&theater&notif_t=photo_tag

Agenda do Grupo de Teatro Olho d'água


 
 Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos

Dia: 04 de Abril ás 20h na Casa da Cultura - Santarém

Dia: 13 de Abril ás 20h no AAR - Rurópolis

Dia: 27 de Abril ás 20h no Telecentro - Belterra

Todos os Sábados e Domingos do Mês de Julho ás 20h no Auditório do Ministério Público


Ádrio Denner / Braz Filho / Elder Aguiar / Elizangila Dezincourt

Apresentação "As Bondosas" - Mulheres Choradeiras

Dias 06 e 07 de Abril ás 20h na Casa da Cultura - Santarém

Dias 19, 20 e 21 de Abril ás 20h  em Altamira - Belo Monte

Informações de:
Elder Aguiar - Produtor Cultural
Associação Artístico Cultural Olho D'água
Grupo de Teatro Olho D'água
(93) 9182-9549  / 8116-6166  / 3063-0951

Biquini Cavadão em Santarém

O Sesc promoverá show com a Banda Biquini Cavadão no dia 30 de abril, em homenagem ao Dia do Trabalho! aguardem mais informações!!!! diz: Daniele Torres
Vem ai mais um grande evento promovido pelo SESC-Pará.
Parabéns a toda a equipe!!!!

Mateus Waimer - Prêmio Agente Jovem de Teatro - MINC






O ator Mateus Waimer atualmente está fazendo a produção do espetáculo Contos, Cantos e Encantos Tapajônios do Grupo de Teatro Olho D'água, produtor contemplado com o Prêmio Agente Jovem do Ministério da Cultura e terá o desafio de levar o trabalho para as cidades de Rurópolis e Belterra.

O concurso concedeu 500 prêmios, no valor de R$ 9 mil cada, a iniciativas culturais já realizadas e concluídas, propostas por jovens agentes culturais de todo o país. Participam da iniciativa jovens brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes há mais de três anos no país, na faixa etária entre 15 e 29 anos. O edital é uma parceria entre o MinC – que investirá R$ 2,9 milhões – e os ministérios da Saúde (R$ 1 milhão) e do Desenvolvimento Agrário (R$ 600 mil), além da Secretaria-Geral da Presidência da República/Secretaria Nacional de Juventude (R$ 500 mil).
O espetáculo que leva o imaginário amazônico com direção de Elder Aguiar, trilha sonora de Ádrio Denner e dramaturgia de Elizangila Dezincourt estará com a seguinte programação:
Dia: 13 de abril de 2013
início: 20h
Local: Associação Atlética Rurópolis
Dia: 20 de abril de 2013
início: 20h
Local: Telecentro de Belterra
Em todas as etapas os ingressos será um livro usado que serão doados para biblioteca pública das cidades.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Projeto Iconoclássico chega à Santarém

  Hoje !!!!!!!!!
Teatro Vitória
20h


Seis cidades paraense foram escolhidas para receber o Projeto Iconoclássico, entre os municípios, Santarém foi uma das contempladas. Esta ação é realizada pelo Instituto Itaú Cultural, através de parceria com o Instituto de Artes do Pará (IAP), no apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc). A Chefe de Divisão de Planejamento e Projetos da Secretaria Municipal de Cultura (Semc), Elizangila Dezincourt explica que “o Iconoclássico é uma série de filmes sobre artistas brasileiros contemporâneos. A seleção traz documentários sobre o músico e compositor Itamar Assumpção, o artista plástico Nelson Leirner, o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa e o cineasta Rogério Sganzerla. E também uma adaptação do livro Catatau, do poeta Paulo Leminski”. Os longas-metragens vão ser exibidos no Theatro Victória, na quinta-feira (21), às 20h. Nesta data é comemorado o Dia Universal do Teatro,

Elizangila destaca que todos esses criadores são referências importantes no contexto da produção cultural brasileira. “Os filmes trazem material de arquivo, entrevistas, biografias e mostram a postura visionária desses artistas”. A série entra em exibição simultaneamente nas seis cidades paraense. O primeiro filme em cartaz: EVOÉ! - Retrato de um Antropófago de Tadeu Jungle e Elaine Cesar.

Nesse filme constará depoimentos recentes e imagens históricas da carreira do diretor, ator e dramaturgo José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina. O documentário adquiriu o seu verbo principal em quatro viagens a pontos-chave da trajetória de Zé Celso: Sertão da Bahia; Praia de Cururipe, em Alagoas; Epidaurus e Atenas, na Grécia; e em sua casa, em São Paulo. Um olhar particular e multifacetado de uma das maiores personalidades das artes do Brasil de todos os tempos.

A série de exibição encerra em novembro de 2013. Devem ser exibidos no total de 5 longas-metragens. Além de Santarém, as cidades que devem receber simultaneamente o projeto são Belém, Castanhal, Marabá, Óbidos e Ponta de Pedras.

Sugestão de entrevistado:

Elizangila Dezincourt (Chefe de Divisão Planejamento e Projetos): 9138-3372

Foto e Postagem: Alciane Ayres/Ascom-Semc

terça-feira, 19 de março de 2013

Funarte e Camões – Instituto de Cooperação e da Língua lançam Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia / 2013


 
A Fundação Nacional de Artes – Funarte e o Camões – Instituto de Cooperação e da Língua, I.P., de Portugal, lançam, no dia 12 de março de 2013, a sétima edição do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia Antônio José da Silva. O edital estabelece premiação no valor de 15 mil euros para o autor da obra vencedora. Podem concorrer cidadãos brasileiros ou estrangeiros naturalizados, com um ou mais textos originais, em língua portuguesa, não editados e não encenados.
O objetivo do Prêmio é impulsionar a escrita dramática em todos os gêneros, reforçar as parcerias de desenvolvimento e cooperação cultural entre Brasil e Portugal e incentivar o surgimento de novos autores. As inscrições estão abertas de 12 de março a 26 de abril de 2012.
Os textos brasileiros serão selecionados por uma comissão brasileira de especialistas e, as obras portuguesas, por uma comissão de Portugal. De acordo com o edital, a seleção dos projetos ocorrerá em duas etapas. Na primeira, serão escolhidos oito textos: quatro do Brasil e quatro de Portugal. A avaliação final será feita pelas duas comissões, através de uma videoconferência. Após cumprido todo o processo seletivo previsto no edital, a obra premiada será editada nos dois países.
As inscrições devem ser enviadas apenas por via postal, conforme estabelece o edital (item III).

Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia Antônio José da Silva / 2013
Realização

Brasil:Fundação Nacional de Artes – Funarte
Portugal: Camões – Instituto de Cooperação e da Língua, I.P.

Inscrições: de 12 de março a 26 de abril de 2013
Mais informações: teatro@funarte.gov.br

Dia Mundial do Teatro



Em comemoração ao Dia Mundial do Teatro, a Associação de Atores, Autores e Técnicos de Teatro Amador de Santarém (ATAS), realiza no período de 22 a 27 de março a 1ª Maratona Teatral de Santarém.
O objetivo do evento, além de difundir o teatro local fortalecendo essa arte em Santarém é possibilitar à população mais opções de lazer.

Durante os seis dias de evento, 20 espetáculos serão apresentados. Além de teatro, a programação é composta de atrações musicais e de dança. 150 artistas estão envolvidos na organização.

A abertura do evento será no dia 22, sexta-feira, com uma blitz, na orla, em frente a Praça da Matriz. O encerramento ocorre na Praça Barão de Santarém (São Sebastião) no dia 27.

Segundo o coordenador da atas, Mourrambert Flexa, a Maratona será de grande importância para o movimento teatral santareno, uma vez que tem despertado grande interesse da população, e o surgimento mais grupos teatrais.

Ele explicou ainda que o evento tem o apoio de artistas conhecidos nacionalmente como, Irene Ravache, Beth Faria e Totia Meireles.

Nova Coordenação
O turismólogo Mourrambert Flexa assumiu a coordenação da Atas no dia 3 de fevereiro de 2013. Atualmente estudando antropologia, Mourrambert realiza trabalhos no teatro em Santarém desde 2002. Já participou de diversos grupos de teatro da cidade. Foi sonoplasta e iluminador na Cia de Teatro Olho D’água. Ator e produtor, é um dos fundadores da Cia de Teatro Caras e Caretas.

Programação

• 22 de Março

- Blitz em frente a Praça da Matriz

• 23 de Março

10h - Apresentação Teatral com Ator Mateus Waymer no Belo Centro.
19h e 21h - Intervenção Cênica com Cia. de Teatro Tertulia “Miudos” na Orla
19:30 - Abertura Oficial do Evento no Theatro Victoria com partici
pação da Cia de Teatro Caras e Caretas, Coletivo de Artistas,
Grupo de Teatro do Instituto Wilson Fonseca e atração Musical
José Otávio Junges. Lançamento da Campanha “Vá ao Teatro”

• 24 de Março

20h - Esquete teatral com a Cia de teatro Os Fulanos com 
“O conquistador ” na Orla
20h - Apresentações Teatrais com Cia de Teatro Caras e Caretas,
Grupo de Teatro Papa Xibé e Cia de Teatro Tertulia na Casa da
Cultura.

• 25 de Março

20h - Apresentações de Dança e Teatro com Ator Hefren
Cristiano e Show de Stand up do Projeto de Cultura e Humor
Muiraquitã na Casa da Cultura

• 26 de Março

19h - Apresentações Teatrais com Grupo Circense os Pororocas,
Cia. de Teatro Caras e Caretas  na Casa da Cultura

• 27 de Março

19h - Encerramento e comemoração ao Dia Mundial do Teatro com
apresentações Culturais com Cia de Teatro Caras e Caretas Grupos
Circenses “Las Cabaças” e “Os pororocas”,Cia de Teatro Tertulia
Projeto Teatro e Educação no Transito, Grupo Nah Dança e atrações
Musicais no Anfiteatro na Praça do São Sebastião.

• 30 de Março – 9h - Grupo de Teatro Terra firme com atividades de risoterapia No Hospital Municipal  (somente para pacientes do Hospital)

Mais informações

Mourramberto Flexa - 93 9134 7444
Diego Alano - 93 9192 7600

Karla Lima
Editora de Web no Portal notapajos.com
Tel: 93 - 9185 3089
twitter.com/karlinhaslima
karla@motapajos.com
notapajos.com

terça-feira, 12 de março de 2013

Arte e Fato em Santarém




Arte e Fato
Apresenta!!!!


O Dia em que a Terra Dançou 


Espetáculo escrito por Douglas Rodrigues, a partir do texto original: O MITO DO ALÉM MAR. Base de suas experimentações para a infância e a juventude, onde a tragédia, e os mitos revigoram suas inquietações de encenador. O texto foi pesquisado no bairro da liberdade SP/ São Paulo dentro do projeto de residência artística, patrocinado pelo MINC – Ministério da Cultura – 2010. Encenado no mesmo ano, participando do VIII FTA – Festival de Teatro da Amazônia, recebendo prêmio de melhor figurino, iluminação e direção para Douglas Rodrigues, o artista com mais de 12 anos no teatro, envereda por inúmeras linguagens: Teatro, Dança, Música e Artes Plásticas, recebendo ao logo de sua trajetória mais de 30 prêmios, e inúmeros editais, federais, estadual e municipal. 

O Espetáculo:
O oriente estava próximo a completar o ciclo vital com celebrações a natureza, numa época de grande prosperidade, num passado indeterminado. Os artistas estavam preparando os festejos da primavera, ensaiando coreografias, bailados, cantos as divindades, adereçando
os noves dragões, os estandartes, e as flechas em memória dos guerreiros do antigo Japão. Muitos jovens estão envolvidos, costurando, tecendo os balões, dobrando os arames, cortando os gravetos, colando papeis de seda multicoloridos nos galhos secos pintados de branco. Na praça ao centro, crianças brincam de pipas harmonicamente, noutro canto YONG (significado de corajoso) de pipas e mãos, representação alegórica do dragão e negro, demonstra inquietação.
É a saga de um aprendiz de ator, que revigora a prática as artes através da tragédia de seu tempo, o terremoto no Japão. O mito do MAR é revisitado criando um dialogo profundo entre a poesia tradicional japonesa e a modernidade.
É um conto sensível, para crianças e jovens!


Dia: 13 de março de 2013.
Início: 19h
Local: Teatro Vitória
Ingresso: 1 Kg de alimento não perecível
 
 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Vem ai II Mostra de Teatro do Olho D'água




                          O Grupo de Teatro Olho D'água prepara-se para a realização da II Mostra de Teatro do Grupo Olho Dágua com um acervo de três espetáculos: As Dez Mais do Córtex (comédia pastelão), As Bondosas Mulheres Choradeiras (comédia de costumes) e Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos (contos do Imaginário Amazônico). Os atores também ensaiam a Branca de Neve e os Sete Altões com o objetivo de estreiar ainda este ano, tendo como principal realizar um texto com estética regional, tendo como parceria a Associação de Moradores do Aeroporto Velho.

Período: 04 a 07 de abril de 2013
Local: Casa da Cultura
Início: 20h
Ingresso: R$10,00 inteira
R$5,00 meia

Programação:
04/04 - espetáculo: As Dez Mais do Córtex (comédia pastelão)
05/04 - espetáculo: Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos (contos do Imaginário Amazônico).
06/04 - espetáculo: As Bondosas Mulheres Choradeiras (comédia de costumes)
07/04 - espetáculo: As Bondosas Mulheres Choradeiras (comédia de costumes)

Serviço: Grupo de Teatro Olho D'água
Rua Rosa Passos, 1876 - Santíssimo
contato: (93) 9138-3372
Coordenador: Elder Aguiar


Fundação Itaú Cultura disponibiliza livro pela net




O livro “Tendências para Educação Integral” aponta caminhos e possibilidades para os gestores de Educação interessados em desenvolver projetos de educação integral. Baixe gratuitamente a publicação, na íntegra http://bit.ly/YnGnU4

Fonte: http://www.facebook.com/itausocial

Fundação Itaú Cultural abre vagas para Curso de Capacitação







Estão abertas as inscrições para os Cursos de Avaliação Econômica de Projetos Sociais da Fundação Itaú Social, no Rio de Janeiro e São Paulo, até os dias 13 e 18 de março, respectivamente. Os cursos são gratuitos e voltados para gestores de projetos sociais de órgãos governamentais, ONGs, institutos e fundações. Inscreva-se: http://bit.ly/YerQHA

fonte:http://www.facebook.com/photo.php?fbid=497761563614518&set=a.266590690064941.65220.143668009023877&type=1&theater

Inscrições Abertas para TERRUÁ Pará





O que é?

Terroir, terruá… Tu não sabes do que a gente tá falando?
Terruá é uma palavra que vem de muito longe, lá da França… E ela se refere a tudo que é característico e típico de uma determinada região. Sabe o vinho francês, o tango argentino e o samba carioca? Pois é. Todos eles são exemplos do que é terruá, por terem aspectos únicos que em nenhum outro lugar se encontra.
Aqui no Pará, terruá acabou virando sinônimo de diversidade papa-chibé, quer dizer, de uma riqueza e originalidade genuinamente paraenses. Afinal, o que pode ser mais Terruá Pará do que a batida que faz tremer a aparelhagem, do que a guitarrada que faz gingar todo o corpo, do que o tambor que faz a moleca girar?
A musicalidade paraense, plural nas influências e sonoridades, sempre produziu em cada um de nós um sotaque único, PAIDÉGUA. Só que hoje ela canta e sintetiza uma expressão não só paraense, mas brasileira, brasileiríssima.
Dona de um mistura deliciosa de ritmos, onde se encaixam brega, carimbó, siriá, lambada e mais um bando de sons… Essa música carrega em seu DNA algo de especial que representa toda essa troca e fusão que sempre fez parte do dia a dia do paraense.
Agora que tu já sabes o que é Terruá Pará e ainda não viu de perto esse show, te prepara pra balançar a cintura e tremer os ombrinhos, viu? Porque aqui, mana, todo mundo já tá se aquecendo e se preparando pra esse encontro. A gente se vê daqui a pouco, até lá.

Parte do elenco da nova edição do Terruá Pará, prevista para estrear ainda este ano, será definida por edital público. A novidade foi anunciada com a publicação do edital no Diário Oficial do Estado pelo titular da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Ney Messias, e pela presidente da Rede Cultura de Comunicação, Adelaide Oliveira, na sexta-feira (8). O edital selecionará, a princípio, 72 artistas que se apresentarão na Mostra Terruá Pará de Música. Semanalmente, seis selecionados se apresentarão para a curadoria do certame e para o público em geral no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém. Ao final, uma nova seleção indicará 12 artistas para compor o casting do grande show do Terruá Pará.
As inscrições serão abertas nesta sexta-feira, 15. Para participar, os concorrentes deverão efetivar suas inscrições por meio de envio (pelo correio) ou entrega (na sede da Fundação Paraense de Radiofusão (Funtelpa) de currículo atualizado com foto. É necessário ainda fotocópias autenticadas do Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Física (CPF), além de comprovante de residência no Estado há, pelo menos, dois anos. Podem inscrever-se inclusive artistas que já participaram do Terruá Pará. As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de abril.
Adelaide Oliveira explica que a intenção do edital é aumentar a diversidade musical do Terruá e envolver, cada vez mais, a classe artística paraense. Ela informa que além dos 12 artistas selecionados, a curadoria convidará outros artistas que podem ou não ter participado da mostra. Todos os shows no Margarida Schivasappa serão abertos ao público, gravados e transmitidos pela Rádio, TV e Portal Cultura.  “Tudo será feito de uma forma que público tenha acesso à música de qualidade gratuitamente. Serão 12 shows, durante três meses”, reforça Adelaide.
Para Ney Messias, o novo formato reforça a democratização do projeto, permitindo que novos artistas paraenses sejam revelados para o resto do país e do mundo. “A ideia é repetir cada vez menos, incluir cada vez mais”, explica. Nas duas edições – apresentadas no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, em 2006 e 2011 – o projeto reuniu cerca de 100 artistas paraenses de diversos gêneros musicais. “Não existe no mundo um espetáculo que consiga incluir de uma vez só toda a diversidade cultural que temos, sempre será um recorte. O interessante é unir todos os estilos, do tradicional ao eletromelody. Tem espaço para todo mundo e ao mesmo tempo ninguém está garantido. Por isso mesmo, estamos estimulando nomes já conhecidos do cenário musical paraense a participarem das seletivas”, afirma.
Seleção e inscrição
O processo que selecionará as 72 atrações da Mostra Terruá será realizado por uma comissão composta por cinco personalidades ligadas à música, sendo três residentes no Estado e outras duas de fora, com bagagem cultural e conhecimento da cena musical paraense. A divulgação dos selecionados será feita no site Terruá Pará (www.terruapara.com.br), assim como uma lista dos 20 artistas suplentes por ordem de prioridade, para caso de desistência de algum artista selecionado para a Mostra Terruá Pará de Música.
Os artistas selecionados para a Mostra Terruá Pará de Música receberão uma ajuda de custo de R$ 3 mil, para custeios de banda, transporte de equipamento, transporte dos músicos e outros gastos que venham a ser necessários para a realização de sua apresentação no evento. A escolha dos 12 artistas (solo, duo ou grupos) que participarão do grande show final em São Paulo, como parte do casting da nova edição do Terruá, será feita por outra comissão avaliadora, composta por três personalidades paraenses conhecedoras do cenário artístico regional e nacional.
Realizado pelo Governo do Estado do Pará, por meio da Rede Cultura de Comunicação e da Secretaria de Estado de Comunicação, com o apoio da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN), o Terruá Pará integra a política pública difusão e circulação da música paraense, fomentando a cena local.
Serviço:
Os artistas poderão se inscrever na categoria individual (cantores, músicos instrumentista e DJ’s) ou grupo (bandas, orquestras, big bands, grupos musicais, duo, coral ou qualquer outro formato com mais de um músico ou DJ). As inscrições deverão ser enviadas por correio ou entregues pessoalmente pelo participante (ou procurador) na TV Cultura do Pará, no período de 15 de março a 29 de abril, das 9 às 12 horas e das 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira, na Avenida Almirante Barroso, n. 735. Bairro do Marco – CEP: 66093-020. A Funtelpa divulgará em seu portal (www.portalcultura.com.br) e pelo site (www.terruapara.com.br) a lista das inscrições deferidas. Abaixo o edital completo do processo de seleção.

Fonte: Agência Pará 
fonte: http://terruapara.com.br/como-vai-ser/ 



Artistas Santarenos realizam Cadastro Geral



 
O setor de Divisão de Eventos  alterou a programação de inscrição para o Cadastro Geral da Secretaria Municipal de Cultura (Semc). Foram modificados dias por conta da inclusão de duas categorias artísticas, a Literatura/Poesia e dos Grupos Folclóricos, totalizando 7 categorias.
O cadastro visa facilitar os contatos para as atividades relacionadas ao Calendário de Eventos da Semc. E a primeira categoria a ser cadastrada será o artesanato, na segunda-feira dia 11. Todos os cadastramentos vão ser realizados  nas dependências da Semc, localizada na Rua do Imperador, 640, no bairro da Prainha. Esquina com a Travessa São Cristo.

Sugestão de entrevista:
Rick Miranda (Chefe da Divisão de Eventos): 9178-4860



Fonte: Alciane Ayres (Assessora de imprensa da Semc) (93) 9654-3996 /9179-4634
Realese: 33/2013


sexta-feira, 8 de março de 2013

Homenagem a Mulher da Escola de Mùsica Maestro Wilson Fonseca

 
 

Alunos do Instituto Maestro Wilson Fonseca farão homenagem ao Dia Internacional da Mulher

A direção do Instituto Maestro Wilson Fonseca (IMWF), no apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) durante todo o ano realiza atividades relacionadas a diversas datas comemorativas. A exemplo temos o dia Internacional da Mulher, em 8 de março. Uma vasta programação alusiva a essa data será realizada no próximo domingo dia 10, nas dependências da Casa da Cultura, a partir da 9h30min. O evento envolverá o alunado dos segmentos de dança, música e teatro da instituição.

Segundo a coordenadora desta ação do IMWF, Aliel Caroline Mota, diz que “a realização de eventos como esses pelo Instituto fazem parte de nosso modelo de formação no desenvolvimento do estudante como um todo. Preocupado e envolvido com as questões sociais. Além de ficar integrado com a comunidade”.

PROGRAMAÇÃO:

1. Momento de Louvor (Ministério de Música Santa Cecília)

2. Trio de Flauta Transversal
Diana (Wilson Fonseca)

3. Coral de Trombones
- De Volta Pro Meu Aconchego (Dominguinhos)

4. Leitura do Histórico do Dia da Mulher

5. Coral de Flauta Doce Wilson Fonseca
- Carinhoso (Pixinguinha)

6. Companhia de Teatro Wilson Fonseca
-Esquete – As Mulheres do Século XXI

7. Turma de Musicalização Jovem
- Mulheres (Cantores de Deus)

8. Coral Jovem Wilson Fonseca
- Ave Maria Nº 3 (Wilson Fonseca)
- Xote das Meninas (Luiz Gonzaga)

9. Companhia de Dança Contemporânea Wilson Fonseca
-Balé

10. Grande Coral Wilson Fonseca
- Ciranda do Recife (anônimo)

11. Orquestra Jovem Wilson Fonseca
- Eu Sei Que Vou Te Amar (Tom Jobim)
- Esse Cara Sou Eu (Roberto Carlos)


Fonte: http://www.facebook.com/pages/SEMC-Secretaria-Municipal-de-Cultura-de-Santar%C3%A9m/245123402287572?ref=ts&fref=ts

Dia 08 de Março - Dia Internacional da MULHER



                                                             
História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de Trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História 
  
- 1788 - o político e  filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política,  emprego e educação para as mulheres.
- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.
- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.
- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.
- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas
- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres
- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.
- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças
- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina
- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres 

Fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm
                                                  

Curso de Cordas em Santarém



 
CURSO CORDAS (Violino, Viola, Violoncelo e Contrabaixo) já é uma realidade!

Após reuniões e planejamentos, este Curso já é uma realidade no INSTITUTO MAESTRO WILSON FONSECA em parceria com a FUNDAÇÃO CARLOS GOMES (Belém PA) de onde virão os professores, e a PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, através da SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA.

Como em todos os projetos do INSTITUTO MAESTRO WILSON FONSECA, cada passo para a o início das aulas desses Cursos está sendo dado com zelo, critério, planejamento, estudo, organização e responsabilidade para que obtenham o mesmo sucesso dos demais Cursos que há 20 anos o INSTITUTO desenvolve com o reconhecimento e a parceria da FUNDAÇÃO CARLOS GOMES para o crescimento da arte, cultura, criação de oportunidades, formação de profissionais em nossa cidade e região sejam atendidas com critério e qualidade comprovadas.

Tendo em vista os longos anos que nossa cidade ficou desejando esses Cursos, eles serão ministrados com aulas diárias segunda-feira à sábado (todos os dias) onde também serão ministradas práticas de conjunto já em preparação para a formação da Orquestra Sinfônica Wilson Fonseca.

Está sendo aberta a licitação para aquisição de todos os instrumentos e as aulas estão previstas para iniciarem em abril.

Em breve estarão abertas as inscrições. Continuaremos informando através do Facebook e da imprensa.

O INSTITUTO MAESTRO WILSON FONSECA está de portas e braços abertos para recebê-lo. Sinta-se Bem-Vindo(a) desde já e venha fazer parte dessa família de arte e cultura que vem fazendo história e criando oportunidades em nossa cidade e região!




Fonte: http://www.facebook.com/pages/Escola-de-M%C3%BAsica-e-Dan%C3%A7a-Maestro-Wilson-Fonseca/148546531917295?ref=ts&fref=ts
 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Vicente Salles - o Pará tem uma perda irreparável!!!!




                      Perdemos hoje o Prof. Vicente Salles Dr. Honoris Causa o mais emérito dos especialistas na cultura da Amazônia, um grande musicólogo, historiador, folclorista, enfim... Um intelectual de respeito e pessoa nobre.  Você tinha razão professor
"Povo que não tem memória, não tem o que defender" - Vicente Salles.
                     Meus sinceros sentimentos, siga em paz prof. Vicente o seu legado será para sempre!
                    Ele se foi na madrugada desta quinta-feira (07), em um hospital particular da capital carioca, o pesquisador paraense Vicente Salles. Ele faleceu aos 81 anos, de parada cardiorrespiratória. Salles estava internado desde o último dia 27 de fevereiro e, de acordo com a família, estava bastante debilitado por conta de uma anemia profunda e uma pequena hemorragia.

                      A família informou que o velório deve acontecer na sexta-feira (08), quando parentes do estado do Pará devem chegar ao rio. A viúva, Marena Salles, disse que o último pedido do marido foi de que o corpo fosse cremado e as cinzas, lançadas sobre a Baía do Guajará.

                      Natural de Igarapé- Miri, no nordeste paraense, Vicente Salles deixa a esposa Marena Salles, de 74 anos, e três filhos adultos.

Uma vida dedicada à pesquisa
Em nota à imprensa, a Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, manifestou condolências pela morte do doutor Honoris Causa da instituição desde 2011 e que contribuiu intensamente com a universidade e com a produção de conhecimento durante toda sua vida.
O pesquisador, historiador, folclorista e musicólogo é um dos mais importantes intelectuais do século XX, da Amazônia e do Brasil, e com mais de 80 anos continuava produzindo e colaborando com diversas áreas. Entre os trabalhos mais importantes de Vicente Salles, estão os livros "História do Teatro do Pará", "Vida do maestro Gama Malcher", "Negro do Pará – sob o regime da escravidão" e "Santarém: uma oferenda musical".
Além de receber o título doutor Honoris Causa, que é o mais alto dos graus universitários, normalmente concedido a personalidades que tenham se destacado pelo saber ou pela atuação em prol das Artes, das Ciências, da Filosofia, das Letras ou do melhor entendimento entre os povos, Salles também doou a parte de sua coleção pessoal e material utilizado em pesquisas sobre negros, cultura, artes e folclore da Amazônia ao Museu da UFPA.
O Acervo Vicente Salles reúne mais de quatro mil documentos e 70 mil recortes de jornais sobre temas como música, folclore, negro, artes cênicas e literatura, além de uma coleção de cartuns, fotografias de época, cordéis, peças de teatro do repertório regional e nacional, teses, folhetos e cartazes.

"Perda irreparável"




Vicente Juarimbu Salles, (Igarapé-Açu, 27 de novembro de 1931) é um escritor e pesquisador brasileiro.
O interesse por literatura, música e folclore começou bem cedo. Seus primeiros trabalhos foram publicados no jornal A Província do Pará.
Foi o poeta Bruno de Menezes quem apresentou a Vicente os grupos populares de Belém, batuques, pássaros e bumbas. Em 1954, Vicente Salles começou sua peregrinação pelo interior do Pará, pesquisando a história das bandas de música e carimbó. Nesse mesmo ano, decidiu morar no Rio de Janeiro.
Estudou jornalismo, colaborou com jornais e revistas nacionais e bacharelou-se em Ciências Sociais pela Faculdade Nacional de Filosofia.

Pseudônimos literários
  • Leonardo Lessa
  • Juarimbu Tabajara


Fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/03/morre-o-pesquisador-paraense-vicente-salles-aos-81-anos.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vicente_Salles

Show Musical Dandara








Que linda voz dessa menina que fica gigante no palco. Ela lindamente participou do FECAN Oeste defendendo a música Chorinho Bom do compositor Eduardo Serique, logo conquistou fãs e encantou o público presente, agora fica ai a dica para o final de semana, neste Sábado dia 9 de Março no El Mexicano! 21h. Participação especial de Priscila Castro.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Show Musical MULHERES DE HOLLANDA






Show "Mulheres de Hollanda" - Cristina Caetano e Maria Lidia interpretam Chico Buarque. Participação de Patrícia Lima. Theatro Victória - Santarém, dia 08, sexta (Dia Internacional da Mulher), às 20h00, com sessão extra às 22h00. Ingressos 20,00. Estudantes pagam meia- entrada.

Cantar a obra de Chico Buarque é um privilégio, principalmente ao som de duas vozes ímpares da música paraense, este show vem proporcionar a sociedade santarena a oportunidade de estar acessando a poesia de um dos maiores escritores brasileiros.


Chico de Hollanda,
de aqui e de alhures

"Parceiro de euforias e desventuras, amigo de todos os segundos, generosidade sistemática, silêncios eloquentes, palavras cirúrgicas, humor afiado, serenas firmezas, traquinas, as notas na polpa dos dedos, o verbo vadiando na ponta da língua - tudo à flor do coração, em carne viva... Cavalo de sambistas, alquimistas, menestréis, mundanas, olhos roucos, suspiros nômades, a alma à deriva, Chico Buarque não existe, é uma ficção - saibam.
Inventado porque necessário, vital, sem o qual o Brasil seria mais pobre, estaria mais vazio, sem semana, sem tijolo, sem desenho, sem construção."
Ruy Guerra, cineasta e escritor, outubro de 1998




Imperdível!
Parabéns aos empresários que apoiam esta iniciativa!

Confiram abaixo esta entrevista com Chico...



E  N  T  R  E  V  I  S  T  A        E  X  C  L  U  S  I  V  A
E X - C E N S O R

A idéia desta entrevista surgiu quando eu falava com um amigo sobre este site. Ele me disse que seu pai havia sido censor. Mesmo sem saber se ele tivera ou não alguma relação com as tesouradas na obra de Chico, pensei em entrevistá-lo. Surgiam dois problemas: um, se o Chico toparia. Ele topou. O outro, mais difícil no entender do meu parceiro Miltão, da CPC, era se Lúcio, o próprio censor toparia. Ele também topou e a entrevista foi feita no dia 2 de novembro de 1998, por telefone.
Carlos Lúcio Menezes, 69 anos, aposentou-se como censor em 1981. Casado, dois filhos, cinco netos, formou-se em Jornalismo, Relações Públicas e Pedagogia. Fez curso de extensão universitária em Cinema, na Universidade Católica de Minas Gerais e iniciou, mas não concluiu, o curso de Direito. Trabalhou na Assessoria de Imprensa dos presidentes da República Médici e Geisel.
Depois de ser entrevistado, Lúcio deu o seguinte depoimento:
"Esse trabalho que vocês estão fazendo é muito importante para que nossos filhos e também nossos netos, no futuro, possam conhecer a obra de um artista brilhante, de garra, e com muita personalidade."
O editor
 
 

Antes de ser censor o que você fazia?
Eu era jornalista e radialista.
Em qual jornal você trabalhava?
No Rio de Janeiro, eu trabalhei no Jornal do Brasil. Depois fui para o Diário da Noite e Jornal. Também, trabalhei com a Rádio Tupi, do Rio.
E você cobria que área?
Geral, social e reportagens do dia-a-dia.
E como você resolveu entrar para a censura? Existia um concurso?
Aqui em Brasília, quando eu cheguei em 1960, fui trabalhar no Correio Brasiliense e na Rádio Nacional. Fazia cobertura dos ministérios, Câmara dos Deputados, praticamente tudo, porque eram poucos os jornalistas e as atividades de Brasília ainda estavam começando. Também trabalhei na Gazeta de São Paulo, da Fundação Cásper Líbero, na área de reportagens gerais, fazendo a cobertura, inclusive, do Congresso e da Câmara. E nesses contatos que eu mantive fui convidado para ter acesso à censura. Em Aracaju, trabalhei na Rádio Liberdade, onde eu fazia um programa de crítica de cinema. Eu via, examinava os filmes para fazer comentários para o público. Sempre gostei muito de cinema e gostei muito de teatro também. Inclusive, conheci a minha mulher em um teatro. Começamos a namorar fazendo teatro amador. Nos ensaios surgiu o namoro...
Você lembra o nome da peça?
Lembro. Os transviados, de Amarel Gurgel, também chamada A Trágica noite de natal. Inclusive, quando nós fomos levar os convites para o governador, o secretário perguntou como era o nome da peça. Nós éramos três. Eu, o diretor artístico e o responsável pelo elenco. Três para levar o convite, uma comissão.
  • "Qual é o nome da peça?"
  • "Os transviados."
  • "Os três?"
  • "Não! Os TRANS."
De modo que naquela época eu já tinha uma ligação com a parte artística. Trabalhei em rádio fazendo também rádio-novela, que naquela época era rádio-teatro, uma coisa muito incipiente na minha terra e ....
Você disse que foi convidado a integrar a censura. Isso me leva a crer que não havia, então, concurso. Ou havia um concurso?
Na época não havia concurso. A capital estava transferindo-se do Rio para Brasília.
 
Desde que ano a censura prévia existiu, de maneira institucionalizada? Não vamos falar do velho DIP. Vamos falar do pós-revolução.
Isso que eu ia dizer... Primeiro, ela surgiu com o DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda - em 1929, 1930, com a chegada do Getúlio. Quando ele saiu e entrou a República, a democracia, então terminou a censura política dos jornais, pois naquela época não existia ainda a televisão, rádio era uma coisa muito difícil, mas tinha muitos espetáculos de teatro. Cinema também já estava surgindo com muita força. Aí criaram um serviço de censura de diversões públicas. Não era censura política. Era censura de diversões públicas.
Isso foi em que ano, Lúcio?
Em 1945. Em 44, 45, quando terminou o período do Estado Novo e aí surgiu o Serviço de Censura de Diversões Públicas, a missão era apenas classificar os espetáculos e, naturalmente, proibir algumas coisas que transgredissem uma legislação existente na época. Depois foi aperfeiçoada.
A censura prévia, em que era obrigatório todo mundo mandar todos os textos antes, após a revolução de 64, foi institucionalizada quando?
Bom, depois que nós fomos convidados (no grupo, tinha outros jornalistas, tinha até psicólogos, professores, pedagogos), fomos submetidos a um curso intensivo na Academia Nacional de Polícia, para podermos verificar a legislação e nos prepararmos para exercer a censura. Quer dizer, não éramos censores. Então, fomos convidados para exercer esse cargo, nos deram a legislação vigente e, em seguida, nos colocaram na Academia de Polícia para fazermos cursos. Aí foram vários cursos sucessivos. Durante o período que eu estive lá, sempre tinha cursos de reciclagem. A institucionalização veio, praticamente, nesta época da criação da censura aqui em Brasília. Fizemos uma coletânea da legislação e verificamos que havia necessidade de uma institucionalização para que ela pudesse ter o amparo da Constituição. Aí foi feita a lei, tranqüila...
Em que ano foi isso, Lúcio?
Isso aí já foi em 1960, aqui em Brasília. Aí nós começamos a trabalhar com base nessa legislação.
Mas ainda não havia uma obrigatoriedade de se mandar tudo para o Serviço de Censura?
Não, não.
Eu pergunto, este fato, quando é que ele começou a acontecer?
Daí em diante, na hora em que a censura foi criada, institucionalizada...
Em 60?
60. Aí é que começaram a vir para cá as peças de teatro para o exame do texto. Primeiro se examinava o texto. Depois de aprovado o texto, a peça era liberada com a classificação que a censura arbitrava e, em seguida, quando o elenco preparava o espetáculo, chamava a censura para verificar o ensaio geral. Este ensaio geral é que dava, praticamente, a liberação plena do espetáculo.
Quer dizer que isso ocorria mesmo antes de 1964?
Ah! Muito antes. Muito antes já existia isso. Já existia censura.
 
E você ficou na censura até que ano? Me parece que você se aposentou na censura.
Eu me aposentei na censura em 1981. Fiquei desde 1960 até 1981.
Ainda hoje existe alguém que tenha esse cargo de censor, se é que ele existe e que esteja no Governo Federal?
Com relação ao cargo de censor, ele foi extinto com a nova constituição, em 1988. E daí para cá o cargo ficou praticamente inexistente. Os censores que estavam nele foram convidados a fazer cursos de adaptação para outras carreiras dentro da repartição, pois não poderiam ficar sem fazer nada. Então, quem tinha curso de Direito foi fazer curso para delegado. Os que tinham curso de Relações Públicas, Pedagogia, Psicologia e outros cursos congêneres, foram levados para fazer o curso de perito criminal. Não existe mais o cargo de censor.
Volto a perguntar. Em um determinado momento você foi convidado a integrar o serviço de censura. E depois você participou até da reformulação da lei da censura, pelo que eu entendi, no sentido de tentar institucionalizá-la, etc. Existia, depois dessa época, algum requisito para pessoa ser censor? Veio a existir concurso para censor?
Primeiro, passou-se a exigir o curso superior, de nível universitário.
Então deixa eu fazer mais um parênteses. O Augusto, que foi zagueiro na copa de 50...
Exatamente. No dia em que o Brasil perdeu...
Ele tinha curso superior? Porque ele era censor...
Eu não sei, porque quando eu entrei na censura o Augusto já trabalhava no departamento, era secretário e controlava todo o expediente, todo o material, todo o trâmite processual das peças, dos filmes..
Você sabe que num show com a Bethânia, acho que quando a letra de uma música do Chico chamada Tanto mar foi proibida, o Augusto é que foi proibir. Aí, dizem que o Chico falou: Porra, além de você perder a copa de 50, ainda vem me aporrinhar...
Eu não sei se Augusto tinha curso superior. O que eu sei é que ele tinha muita vivência, muita experiência na censura, porque foi um dos elementos que participou da sua criação aqui em Brasília. Mas eu não sei o nível cultural dele. Nunca me preocupei em saber disso.
 
Hoje em dia, é relativamente comum um jogador de futebol ter nível superior. O cara vai e faz Educação Física, faz alguma coisa... Eu também não sei.. Vou tentar descobrir.
O próprio Augusto poderá lhe dizer.
Um censor - se tinha ou não esse nome não importa - depois que o cargo foi institucionalizado, ganhava bem? Dá para você lembrar mais ou menos, comparando com a média salarial?
No início, ele era um funcionário praticamente como qualquer outro. Não tinha vantagem, não tinha regalia nenhuma. Era um funcionário do mesmo padrão de qualquer outro...
A não ser a regalia dos Avant première... de poder ver os espetáculos em primeira mão.
(risos) Ah! Aí era uma coisa que a pessoa ia trabalhar. Ia mesmo.
Depois desse trabalho de institucionalização existia realmente um manual com regras muito claras, do tipo, "isso pode, aquilo não pode; a palavra tal pode, palavra tal não pode: pode-se citar fulano, não se pode citar fulano". Eu volto a insistir, a gente está falando mais do período pós 66, que é o período que a gente abrange no site do Chico.
O que existe é uma regulamentação básica. Agora, eu te pergunto: Você gosta de feijoada?
Eu gosto. Muito.
Qual tipo de feijoada? Baiana ou carioca?
Aí você me apertou...
É uma feijoada só. Agora a feijoada nordestina, de minha terra, por exemplo, é feita colocando dentro todos os ingredientes, maxixe, quiabo...
 
É como em Santa Catarina. Em Santa Catarina é assim também.
Já no Rio, não. O Rio cozinha o charque, a carne de sol, cozinha essas verduras fora do feijão. Não mistura. Quer dizer, é uma feijoada só. Isso depende muito do critério de cada pessoa. Existe a norma básica: Isso aqui é feijoada. Na hora da interpretação a pessoa tem que usar o bom senso e procurar ver se isso se enquadra dentro daquela regulamentação. Pra isso nós fazíamos cursos de reciclagem permanentes. E não era um só censor que examinava. Uma peça, um filme, passava geralmente por uma equipe, normalmente de três censores.
Eu vou dar um exemplo com uma música do Chico. Lá pelas tantas a personagem fala "me agarrei nos teu cabelos, nos teus pêlos". Num determinado momento a palavra pêlo foi proibida.
Não me lembro disso.
A música se chama Atrás da porta.
É. Não me lembro disso.
Isso aconteceu em 72 ou coisa que o valha. Existiam algumas outras palavras como pentelho, isso foi proibido. Proibições desse tipo eram da alçada do censor. Não estavam em regra básica?
Especificamente essas palavras não existiam na regulamentação porque senão teríamos que fazer um dicionário, não é? É aquilo que eu disse. Vai do bom senso e do regionalismo. Se você chegar em Fortaleza e chamar um camarada de baitola, aí você apanha na rua. Aqui, não faz sentido nenhum. Mas baitola no Ceará é um xingamento muito pesado. Então isso vai da interpretação e do regionalismo. O Brasil é grande demais. O regionalismo, naquela época, era muito atuante. Hoje não. Hoje, o Brasil, praticamente, com os meios de comunicação já globalizados e com uma dinâmica muito grande, já se nivelou. Antigamente, uma menina, uma mocinha do interior lá de Minas, lá do Piauí, lá do Mato Grosso, não tinha a mesma vivência que uma carioca ou que uma paulista. Então, muitas vezes, ela se chocava com uma coisa que para a carioca e para a paulista era a coisa mais normal do mundo. Aí é que está: o maior problema da censura era a diversificação terrível que existia na cultura brasileira. Hoje, praticamente, tudo está igual. A novela aí transmitindo para o Brasil todo, modificou o comportamento cultural.
Um dos episódios mais marcantes da censura em relação a obra teatral do Chico Buarque foi o caso da peça Calabar. Você tem alguma notícia disso? Participou? Soube? Saber, seguramente você soube disso, não é?
Eu apenas ouvi comentários, mas não fui acionado para examinar, ou participar, ou dar algum palpite ou parecer sobre o Calabar.
Parece que no Calabar, houve um desrespeito, segundo se lê nas diversas entrevistas sobre isso, um desrespeito às próprias regras da censura. Porque a peça passou por todos os rituais da censura, ou seja: manda o texto, discute, tira ali, corta aqui etc. A peça estava pronta para ser encenada e a censura não compareceu ao espetáculo destinado à apreciação...
Era o ensaio geral.
Ensaio Geral. Simplesmente não apareceu ninguém uma pessoa da censura avocou o texto para exame superior e a coisa morreu por aí. Só oito anos depois é que a peça foi liberada. Os produtores faliram etc. Então, até o próprio ritual da censura teria sido desrespeitado nessa altura, segundo o Chico, os diretores e os produtores. E ainda aconteceu um outro episódio: foi proibido divulgar a proibição.
É... Sinceramente, disso não tenho noção, não tenho conhecimento sobre isso. De maneira alguma.
 
Existia alguma espécie de marcação homem a homem? Por exemplo: fulano de tal marca o Caetano Veloso, ou se especializa nas letras de Caetano Veloso; fulano de tal se especializa nas letras do Chico Buarque, ou coisa que o valha? 
(ri muito) Isso é uma coisa folclórica porque é impossível fazer um negócio desses. Só quem não conheceu o volume de letras musicais, o volume de peças teatrais, o volume de filmes! Naquela época, inclusive, tinha aqueles jornais cinematográficos semanais. Porque o filme, pelo menos, tem maior durabilidade de projeção. Os jornais cinematográficos eram semanais. Só quem não conhece o volume de trabalho é que pode imaginar uma coisa dessas.
Então, fazendo um gancho com volume de trabalho, o Chico deu uma entrevista para o Jô Soares, falando exatamente do volume de trabalho. Ele disse mais ou menos o seguinte: "O negócio tava meio feio e eu imaginava aqueles censores entupidos de trabalho, com a mesa cheia de coisas e eu já era um cara meio marcado. Então, se eu inventar um outro nome, as coisas passam." Foi aí que ele inventou o tal do Julinho da Adelaide. Então, o pressuposto de Chico estava certo? Volume de trabalho tinha.
Volume de trabalho tinha, realmente. Isso é inegável. Nós nos desdobrávamos e trabalhávamos muitas vezes sábado, domingo, feriado. Levávamos o material para casa para examinar. Enquanto todo mundo estava no clube ou na praia, nós estávamos lendo os textos, lendo as letras musicais para não deixar a coisa acumular. Porque na hora que um compositor, um artista, um autor, apresenta um material para censura, a nossa recomendação sempre foi, desde o início, agilizar ao máximo a sua liberação, ou a sua interdição, se fosse o caso, para que o autor pudesse tomar conhecimento o mais rápido possível. Nós julgávamos muito importante a liberação imediata do material que chegasse em nossas mãos. Cansei de trabalhar sábados, domingos e feriados. Minha família se divertindo e eu em casa trancado, trabalhando. Aliás, todos os nossos colegas.
O episódio do Julinho da Adelaide ficou muito famoso. O Chico inventou aquele heterônimo, chegou até a dar entrevistas, e esse heterônimo teve três músicas aprovadas pela censura. Tempos depois, em 75, a coisa foi desmascarada e todo mundo sabia que era o Chico Buarque. Alguém deve "ter pago o mico" por conta disso dentro da censura. Ou não?
Não sei. Nunca tinha ouvido falar.
Esse Julinho da Adelaide fez três músicas. E era o Chico Buarque. E com isso ele conseguiu driblar, segundo ele, a censura. Lúcio, se alguém pergunta a qualquer pessoa se gosta do seu trabalho, a pessoa diz que tem hora que sim, tem hora que não. Tem prazer, tem desprazer. Quais teriam sido os seus prazeres e os seus desprazeres nessa função de censor?
Eu tenho a creditar muitos mais prazeres do que desprazeres.
Você pode exemplificar?
A alegria. Eu trabalhava realmente com muito gosto. Me dedicava a fundo procurando desempenhar a minha função com o máximo de responsabilidade e procurando sempre humanizar aquilo que estava fazendo. Na hora em que me era dada uma missão para examinar ou censurar um espetáculo de televisão ou de rádio, ou peça teatral, ou letra musical, eu procurava ver naquilo apenas uma obra de arte. E não procurava... "bom eu vou ver isso aqui, se tem alguma coisa que eu possa cortar". Não! Eu não examinava assim. Procurava ver o que tinha de bonito ali dentro do trabalho. Então, eu sempre tive muito mais prazer no meu trabalho do que desprazer.
E o desprazer? Tem algum de que você se lembre especificamente? Você me contou, ontem, um episódio interessante, que eu gostaria que você repetisse e que é a história que aconteceu em Brasília.
Por uma imposição da lei, a censura se via obrigada a dar toda cobertura não só à ECAD como à SBAT, SBACEM, a uma porção de siglas que existiam...
As sociedades arrecadadoras de direitos, não é?
Arrecadadoras dos direitos autorais. Eu reconheço a importância de uma entidade que possa fazer essa arrecadação para os artistas, para os compositores. Porque, afinal de contas, eles sobrevivem graças a essa arrecadação. Mas, às vezes, havia algumas divergências entre o meu modo de agir e o modo dessas sociedades. Porque eu não aceitava, por exemplo, que qualquer uma delas, fosse cobrar do Wagner, que ia apresentar lá um espetáculo, chegasse no local e dissesse: "Ah! É música mecânica? É. Muito bem, então a taxa vai ser 1, Ah! Não vai ser música mecânica, vai ter um camarada cantando. Bom, então nesse caso é música ao vivo. Então a taxa é 2. Ah! Mas ali, naquela prateleira, tem garrafa com bebida estrangeira. Então a taxa é 3." Eu não podia admitir essa diversificação. Porque a música, para mim, ia ser apresentada e valia aquilo que... A sociedade arrecadadora deveria ter uma taxa única, no meu entender, para poder facilitar o trabalho de todo mundo. Do empresário, que fosse montar o espetáculo, do artista, que fosse cantar, e da censura, que fosse dar a cobertura à entidade arrecadadora. E essas taxas variáveis é que me davam alguma preocupação. Muitas vezes, eu tive bons relacionamentos com estas sociedades, mas tive muitas divergências na hora da cobrança de algumas taxas.
 
E esse episódio de Brasília? Como é que foi? Eles queriam cobrar do Chico para ele poder cantar as próprias músicas. Queriam que o espetáculo fosse censurado, é isso?
O Chico veio apresentar aqui um show na boate do Brasília Palace Hotel, que por sinal não existe mais, pegou fogo. E foi uma coisa louca, todo mundo interessado nesse show. E o empresário levou a programação lá para a censura para fazer a liberação:
- "O Chico vai cantar essas músicas que são da autoria dele."
Muito bem. A entidade foi e arbitrou uma taxa. Mas depois ele quis aumentar a taxa. Eu disse:
  • Não! Espera aí. Vamos com calma. O rapaz vai cantar as músicas dele. E ele vai pagar para cantar as músicas dele?
  • Se vocês não interditarem, eu vou tomar outras providências. Vou representar contra (e nessa ocasião, eu estava como chefe da censura em Brasília). Eu vou representar contra a chefia da censura, que não deu cobertura.
  • Muito bem. Mas eu vou liberar o espetáculo.
E liberei. Assumi a responsabilidade. O Chico nem sabe disso.
Mas vai saber.
Assumi a responsabilidade e como a sociedade arrecadadora disse que iria tomar outras providências, eu fiquei com receio deles chegarem lá e quererem criar problemas com os músicos e empastelar o espetáculo do Chico. Aí eu peguei minha equipe e disse: "Vamos para lá e vamos ficar somente observando para que nada prejudique o espetáculo do Chico". Aí nós fomos e ficamos espalhados em volta do recinto observando se iria haver alguma coisa que pudesse prejudicar o brilho do espetáculo. E graças a Deus, graças ao bom Deus, o pessoal cooperou. Viu que eu estava pelo menos com alguma razão, e não apareceu, não criou dificuldades. Porque eu sugeri a eles: "Vamos fazer o seguinte: Vocês mandam para lá um representante e todas as músicas que o Chico cantar, vocês anotam. Se ele cantar alguma que não seja dele, aí então vocês depois entram com uma petição na censura, que ela vai providenciar a cobrança dessas músicas junto ao seu empresário." Graças a Deus tudo correu bem. O Chico cantou. Eu nem estive com ele. Não tive a oportunidade de estar, mas gostaria de ter estado com ele. Não queria que ele soubesse do que estava acontecendo. Queria que ele ficasse tranqüilo, porque o artista nessa hora precisa estar relaxado para se apresentar e não saber que existe a perspectiva de problema, pois aí ele entra preocupado para o espetáculo. Eu não queria dar preocupação nenhuma.
Como é que você via, naquela época, e como é que você vê hoje a obra do Chico? Tem alguma música do Chico de que você goste e que você, de vez em quando, se surpreende assobiando por exemplo?
Tem várias. Tem Carolina, tem A banda e outras que agora não me ocorrem. Mas eu gosto muito. Tem algumas que eu não gosto.
Por exemplo....
Ele como cantor, a mim não me agrada muito não. Agora como artista, como compositor, pela sua inteligência, pela suas imagens literárias nas músicas, eu gosto.
Fala uma de que você não gosta. Você foi muito enfático quando falou "tem algumas que eu não gosto". Então, essa você deve saber exemplificar...
Geni.
Geni?
Inclusive, eu fiz o possível para liberá-la. O pessoal tava lá na dúvida eu disse: "Não! Vamos liberar essa música. Vamos liberar". Depois o próprio Chico pediu para tirar, não foi?
(O Chico diz que isso nunca lhe passou pela cabeça. Nota do editor)
 
(com cara de bobo, perplexo) Eu não sei. Posso até tentar descobrir... Mas onde que pegava a Geni? Era na palavra "bosta" ou no fato de ser uma narração de um homossexual?
"Bosta na Geni"... Porque eu achava uma palavra muito grosseira para o tipo do Chico. O Chico não era desse tipo. Não, esse camarada, nessa hora não estava bem, não estava tranqüilo. Ele devia estar meio agitado, meio preocupado, meio zangado com alguma coisa para fazer isso. Inclusive, têm muitas senhoras Geni pelo mundo que podem se sentir magoadas com isso. E não deu outra.
Deve ter causado um belo rebuliço.
"Vamos liberar com essa palavra, mas vamos mesmo. É uma palavra assim inconveniente, não é palavrão, não é pornografia, não é nada. É uma palavra apenas deslocada de um texto artístico do nível de Chico Buarque. Mas já que ele colocou, vamos liberar. Eu achava que haveria uma reação do povo contra a censura." E, de fato, houve. A censura foi muito criticada por ter liberado essa música.
A censura recebia muitas cartas de gente pedindo para censurar isso ou aquilo?
Muitas, muitas. Cartas, telefonemas, pedidos. Mas isso aí não chegava nem aos censores. A própria chefia procurava desviar, para não criar um clima de apreensão com o volume de cartas e reclamações.
A pessoa que nos aproximou, que foi o Zé Carlos, me disse que você gostava muito do Glauber Rocha e, agora entre aspas, "pena que ele era subversivo".
Pena que ele era subversivo, não. O problema do Glauber Rocha é que ele era um excelente cineasta, era um camarada que tinha um desempenho muito bom, tinha uma carreira brilhante pela frente. Só que as idéias dele, quando chegavam a ser expostas, se confrontavam com a minha missão. Não era porque ele fosse subversivo. É que se confrontava. Eu tinha uma missão a cumprir, uma missão do governo. Uma missão que estava estabelecida por normas e por diretrizes governamentais. O problema é esse. Quando a gente ia ver alguma coisa do Glauber Rocha, tinha que examinar onde ele queria chegar. É como se você fosse do Flamengo e eu fosse do Botafogo e nós fôssemos jogar. Eu gosto do jogador Wagner, como tem muitos times que são adversários em campo, mas os próprios jogadores são amigos. Na hora de fazer gol, eles têm que fazer o gol mesmo. Contra o adversário, contra o amigo. Então, eu gostava do Glauber Rocha com a capacidade maravilhosa da sua cinematografia, mas, muitas vezes, eu tinha que desempenhar o meu papel: fazer o gol.
Voltando um pouco à questão da censura de palavras, ao caso do "joga bosta na Geni"... Hoje, a coisa tá muito mais liberada. Você vê esses conjuntos todos aí, com um gestual muito mais insinuante, com palavras muito mais fortes etc. A minha pergunta é a seguinte: Qual é sua opinião? Deveria haver censura prévia hoje? Não deveria? A coisa tá muito liberal? Não tá? O tempo mudou e tem que ser assim? Como é que você vê isso hoje?
Acho que deveria continuar a censura de diversões públicas, sem o aspecto político de censura a jornais, revistas, sem a censura política a imprensa.
Censura classificatória.
Censura classificatória. Acho que deveria existir porque há excesso de liberalidade. Acho que estão confundindo liberdade com libertinagem.
Alguns episódios relacionados ao Chico, como invasão de teatro, eram coisa de grupos paramilitares. Óbvio que isso não tinha á nada a ver com o serviço de censura...
Invasão de teatro?
Invasão de teatro. Roda viva, aqui em São Paulo. O grupo paramilitar CCC invadiu o teatro, espancou atores etc. Isso, com o espetáculo liberado, pois o espetáculo só podia estar sendo encenado, se estivesse liberado. Sobre o episódio de Roda viva, você tem alguma informação?
Não, não. Desconhecia esse detalhe.
Não só aqui em São Paulo. No Rio Grande do Sul, o espetáculo estreou e não teve a segunda apresentação porque seqüestraram até atores.
Mas não foi a censura, foi?
Não... Obviamente... eu acredito que não. Eram grupos paramilitares mais ou menos comuns na época, o chamado CCC.
Não... Isso foge totalmente ao meu conhecimento. Eu desconheço plenamente isso aí. 



Fonte: http://www.facebook.com/priscila.t.moreira/posts/499359070122884?comment_id=84180009&notif_t=feed_comment_reply
http://www.chicobuarque.com.br/construcao/index.html