domingo, 22 de novembro de 2015

Círio de Nossa Senhora da Conceição 2015 - Programação





Foto: Elizangila Dezincourt círio 2011
 

De acordo com a programação, este ano, o Círio de número 97 e será realizado no dia 22 de novembro.
Círio 2014 durou aproximadamente 4 horas
(Foto: Zé Rodrigues/TV Tapajós)
História do Círio da Conceição
A origem das homenagens à padroeira está relacionada com a fundação do município. De acordo com estudiosos do assunto, o fundador da cidade padre João Felipe Bettendorff construiu a igreja da Missão do Tapajós e dedicou à santa, de quem era devoto.
Alguns historiadores apontam que a princípio as homenagens à padroeira dos santarenos eram conhecidas como “Círio da Bandeira”, em qual durante a procissão se levava um estandarte com uma efígie da santa - representação numa moeda, pintura ou escultura -  que percorria algumas ruas de Santarém. Tal manifestação teria dado origem ao que atualmente se chama "Círio de Nossa Senhora da Conceição".
 
Segundo pesquisadores e historiadores da região, o Círio como é realizado nos dias atuais, acontece desde 28 de novembro de 1919. O Círio das Crianças, que está na 9ª edição será no dia 15 de novembro. A Caminahda de Fé com Maria que sai de Mojuí dos Campos com destino a Santarém com fiéis percorrendo 37 quilômetros está agendada para o dia 28 de novembro.

Confira a programação:

 02/08 (domingo)
19h - Celebração de Envio da Imagem Peregrina de N. Sra. da Conceição e Apresentação do Cartaz da Festa 2015
Local: Elevado da Praça da Matriz - Catedral
20h30 - Início da 8ª Peregrinação da Imagem de N. Sra. da Conceição
08/11 (domingo)
19h - Celebração de Apresentação do Manto e Rosário de N. Sra. da Conceição 2015
Local: Catedral
10/11 (terça-feira)
18h - Celebração de Apresentação da Corda do 9º Círio das Crianças
Local: Catedral
12/11 (quinta-feira)
11h - Celebração de Apresentação da Corda do 97º Círio
Local: Catedral
14/11 (sábado)
21ª Carreata de Maria e encerramento da 8ª Peregrinação da Imagem de N. Sra. da Conceição
Concentração: 15h na Capela de N. Sra. de Lourdes, no Colégio Santa Clara
Chegada: Catedral
*Trasladação do 9º Círio das Crianças
Concentração: 18h na Catedral
Chegada: Igreja de São Raimundo, na Rua Silvério Sirotheau
Dia 15/11 (domingo)
9º Círio das Crianças
Concentração: 6h na Igreja de São Raimundo
Chegada: Catedral
Dia 20/11 (sexta-feira)
17h - 3ª Romaria dos Órgãos de Segurança e Proteção Social de Santarém
Concentração: 16h na delegacia de Policia Civil, na Travessa Silvino Pinto
Chegada: Catedral
Dia 21/11 (sábado)
18h30 - Trasladação do 97º Círio de N. Sra. da Conceição
Concentração: 17h30 na Catedral
Chegada: Igreja de São Sebastião
Dia 22/11 (domingo)
7h - 97º Círio de N. Sra. da Conceição
Concentração: 6h na Igreja de São Sebastião
Chegada: Elevado da Matriz
Dia 27/11 (sexta-feira)
18h - 8ª Caminhada Sempre Jovem dos idosos
Concentração: 17h na Igreja de N. Sra. das Graças
Chegada: Catedral, com missa na chegada
Dia 28/11 (sábado)
20h - 21ª Caminhada de Fé com Maria
Saída: Cidade de Mojuí dos Campos
Chegada: Catedral
00h - Vigília com Maria na Catedral
Dia 05/12 (sábado)
15h - 5ª Romaria da Juventude
Concentração: 16h na Igreja de São Pedro, no bairro Esperança
Chegada: Elevado da Matriz
Dia 08/12 (terça-feira)
10h - Leilão do Gado
Local: Feira Agropecuária de Santarém
18h - Procissão de Encerramento da Festa de N. Sra. da Conceição
Concentração: 17h na Catedral, localizada na Rua Siqueira Campos
Chegada: Elevado da Praça da Matriz
00h - Show Pirotécnico de Encerramento da Festa 2015
Dia 09/12 (quarta-feira)
21h - Show Musical do ReCírio
Local: Elevado da Matriz


Fonte: http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2015/11/confira-programacao-da-festa-de-nossa-senhora-da-conceicao-2015.html

O Documentário ‘TupiniQueens’ Mostra a Cena das Drag Queens Brasileiras Após o Fenômeno ‘RuPaul’s Drag Race’


As drag queens são figuras mitológicas na noite mundial. Como gueixas modernas, elas são artistas que conseguem dominar a fina arte de entreter e divertir o público mais quadrado – tiram uma onda usando saltos altíssimos. Em São Paulo, a cena de transformistas é algo tão forte que, mesmo antes de se discutir a ocupação do centro da cidade, centenas de pessoas lotavam as ruas próximas do Largo do Arouche para ver as apresentações delas no circuito LGBTT.

Embora a entidade drag queen já tenha ultrapassado diversas barreiras, o boom recente delas muito se deve ao reality show norte-americano RuPaul's Drag Race que, para o horror da família tradicional, é um dos programas gringos mais famosos (depois de Buffy, a Caça-Vampiros) e um sucesso estrondoso no Brasil. O país abraçou a causa, trazendo diversas participantes para se apresentar por aqui.
Fascinado com o reality e o sucesso de festas como Priscilla, que se dedicam a apresentar drag queens veteranas e novatas, o diretor João Monteiro começou despretensiosamente a registrar as apresentações das artistas em outubro do ano passado. Acabou rendendo um longa-metragem batizado TupiniQueens, com depoimentos de drags brasileiras como o Trio Milano, a youtuber Lorelay Fox e Malonna.
O documentário peca um pouco em não contar a história da cena transformista brasileira, mas é fiel na retratação do lado artístico das drag queens que carregam um espírito quase punk de faça-você-mesmo para conseguir fazer suas roupas e construir uma identidade cativante, além de também mostrar como o reality show foi importante para que tais apresentações começassem a sair do meio LGBTT para o mundo "hétero".
Leia mais: O Concurso da Rainha Drag que Corou Geral na Virada
Se você curte drama, bate-cabelo e a oportunidade de mandar um grande foda-se ao gênero, o documentário será exibido na 23ª edição do Festival Mix Brasil no próximo sábado.
Bati um papo com o diretor sobre a experiência de ter feito esse filme.


VICE: Como surgiu a ideia de fazer o documentário?
João Monteiro:
Foi um negócio meio inesperado e despretensioso. Eu fui apresentado ao tema através do RuPaul's Drag Race e fiquei muito curioso com o que vi. Trabalho com documentários há muito tempo e adorei o visual delas. Acabei indo pra noite ver como é, como tudo isso funciona. A primeira festa [a] que fui foi a Priscilla, em outubro do ano passado. Acabei filmando uma apresentação de uma drag que participou do reality e fiz uma parceria com a festa. O material ficou riquíssimo, e o projeto foi ganhando cada vez mais corpo até que acabou se transformando em um longa-metragem.
Quais foram as locações do documentário?Foram vários dias diferentes, cada locação veio em uma data específica, assim como cada personagem foi filmado em dias específicos. A gente filmou em seis ou sete casas que recebem esse tipo de show, como a Blue Space e a Blitz Haus. Fora isso, também fomos à casa de muitos personagens para conseguir um contato mais próximo e criar um clima mais intimista.
 


Senti que faltou um pouco da história das drag queens do Brasil. Foi escolha sua?
Como falei, o filme começou de forma despretensiosa e a gente não se propôs a contar a história das transformistas no Brasil ou contar a história de um personagem específico. Através de relatos íntimos dos personagens, nós fomos traçando um mapa da cena drag do Brasil mais recente. Então, é uma coisa factual – e sem contar que esse assunto em específico não conta com muito material de arquivo para ser colocado no filme. Acredito que o filme acabará se tornando um documento histórico desse período importante para as drags. O que me tocou na cena foi como essas figuras se humanizaram na minha cabeça. É um negócio que tem toda uma mitologia por trás, e eu queria também trazer isso para o espectador. Acabamos deixando a história de lado, porque levaria a gente para outro foco, e a gente quis mesmo registrar esse momento factual da sociedade que eles estão chamando de um "novo boom" das drags queens.
Você entrevistou muitas drag queens que participaram do Rupaul's. Por que você optou em dar voz para as norte-americanas?
O RuPaul's Drag Race, por mais que as pessoas argumentem que nós estamos exaltando a cultura americana, revolucionou o cenário das drags nos EUA e no Brasil. No mundo inteiro também, na verdade. Quando a RuPaul voltou com essa sacada de fazer um reality nesse mesmo modelo de America's Next Top Model, a cena ganhou corpo e as pessoas começaram a gostar. Além de ter contribuído para desmistificar esses personagens. A importância do RuPaul é muito grande para o desenvolvimento da cena nacional também. Muitas drags brasileiras começaram a se apresentar depois do programa, e outras que estavam na ativa se reinventaram. Antes, era muito marginalizado, e graças ao programa a cena drag saiu da marginalidade para o mainstream.
Ou seja, antes do reality show, a cena das drags era uma coisa marginalizada?Completamente. No Brasil, as drags eram restritas a um cenário mais underground: elas faziam festas mais no centro, uma coisa até mais obscura. A partir do programa, o boom foi tão grande que grandes casas noturnas alteraram a programação para receber apresentações delas. As drags viraram grandes representantes da cena LGBTT no Brasil. Elas passaram a participar em festas pop que nunca tinha[m] aberto um espaço assim antes e dominaram a noite pop de São Paulo.

O filme mostrou que elas carregam um espírito DIY muito grande, quase punk, para conseguirem se montar, fazer as roupas. Você notou isso também?Muito, e isso era um dos temas que nós levantamos para tocar no filme. Essa parada do faça-você-mesmo é muito importante, justamente pela marginalização que as obrigava a dar a cara a tapa, ir para uma festa, falar com as pessoas. Hoje em dia, você abre um YouTube e aprende muita coisa em tutoriais. A internet muniu muita gente com ferramentas para se produzir e simplificou um pouco o processo. Mas, mesmo com esse boom de tutoriais, ainda acho que as drag queens passam por uma coisa meio solitária. Veja só, elas passam um tempão, cerca de duas ou três horas, trancadas para se montarem sozinhas. Tudo que elas fazem depende exclusivamente dos artistas. Uma drag queen que não se vira e não tem habilidades não sai do lugar. É solitário porque ela tem de saber tudo sozinha.
Tá pouco de drag queen? As Fotos Analógicas da Cover Girl Ficaram Ótimas
Tem mesmo então uma cena prolífera de drags no YT?Fortíssima. A cultura do look está cada vez mais forte. Tem muitas empresas que estão se especializando em roupas ultraespalhafatosas para suprimir essa demanda. A make [maquiagem] é uma coisa muito autoral, e cada dragqueen desenvolve um estilo, mas muitas drags começaram a se montar por causa de tutoriais que ensinam as técnicas. A internet acaba servindo como um suporte para quem quer começar a fazer isso. As drags de hoje em dia estão totalmente amparadas pela internet.


Você quis levantar alguma discussão de gênero no documentário?
A questão de gênero permeia o documentário todo, mesmo que esse não fosse o foco principal dele. A coisa toda está ligada a isso. Você deve ter percebido que focamos muito mais a questão artística, mostrando que a drag é um artista que está se expressando ali. Deixamos essa questão um pouco em segundo plano em relação ao que realmente nos tocou: que é a manifestação artística por trás da figura da drag. A gente decidiu retratar esse momento específico, porque ele foi muito determinante para o que está acontecendo hoje em dia com elas.


fonte: http://www.vice.com/pt_br/read/o-documentrio-tupiniqueens-mostra-a-cena-das-drag-queens-brasileiras-aps-o-fenomeno-rupauls-drag-race

O Teatro ao alcance do Tato tese de Doutorado de Wlad Lima




O livro O Teatro ao alcance do tato, que foi lançado dia 20 de Novembro as 19h no Teatro Cláudio Barradas durante o encerramento do VII Seminário de Pesquisa em Teatro, é originalmente uma tese de doutorado em Artes Cênicas, cujo o subtítulo é Uma Poética Encravada nos Porões da Cidade de Belém do Para. Um estudo teórico fundamentado por uma prática, articulado com um experimento cênico: o espetáculo teatral Em Carne e Osso. O objetivo central desta pesquisa foi investigar o fazer teatral através dos processos criativos de onze espetáculos, realizados pela pesquisadora, em porões de casas na cidade de Belém do Pará entre os anos de 1990-2002, para assim, gerar um novo espetáculo onde estão presentes princípios e recorrências dessa prática, como uma estética teatral específica, particular e local.
Este estudo requereu várias ações objetivadas não isoladas, pois se apresentaram envoltas de uma permanente confluência. Os objetivos que marcaram essas ações foram: fazer uma análise cartográfica do conjunto selecionado de 11 espetáculos utilizando-se em dominância o pensamento estético filosófico de Deleuze-Guattari, especificamente a fabulação como bloco de sensações, perceptos e afectos; gerar um novo espetáculo, cujo processo de criação foi potencializado pela utilização dos princípios geradores reconhecidos nas práticas estudadas, pelos escritos reflexivos de Jerzy Grotowski no que concerne à fórmula espacial unitária e finalmente, pela imagem da casa – encontrada nos escritos de Sônia Rangel – como idéia-força na construção desta pesquisa; levar o espetáculo a público, em temporada, como requisito parcial – num diálogo com a teoria dos padrões proxêmicos de Edward Hall, fundante nesse estudo – articulando assim, o registro prático-teórico do experimento à uma tese de doutoramento; e por fim, contextualizar as motivações na recorrência desta prática também exercida por outros encenadores, através da escuta sensível de suas reflexões teórico-práticas, seus planos de composição – no mesmo período, na mesma cidade – contribuindo para o registro da história recente do teatro em Belém do Pará.
A COMPOSIÇÃO DESSE ESTUDO
Botero 10 -10.2008O corpo da obra é composto por quatro partes: apresentação / introdução, o bloco das escavações (dois capítulos), o bloco da encarnação (dois capítulos) e os aspectos conclusivos da tese, referências e anexos.
A primeira parte compõe-se, além dessa apresentação, de uma introdução que revela, em parte, os diálogos teóricos, filosóficos e estéticos, que geraram a tese.
A segunda parte, denominada de bloco das escavações, compõe-se de um prefácio intitulado Uma Ratazana de Porão: Imagens e Memória e mais dois capítulos. O primeiro é uma cartografia que expõe a produção cênica da pesquisadora e de outros criadores, em espaços de porão, iniciando os argumentos sobre a existência, na cidade de Belém, de uma prática teatral específica, particular e local – passível de ser reconhecida ou não, como uma categoria teatral. O segundo, que completa este bloco das escavações, é uma cartografia poética dobre o trabalho da pesquisadora, como encenadora, de um conjunto de onze espetáculos montados nesses espaços da cidade. Esta análise tem como base teórica, conceitos Deleuze-Guattarianos.
A terceira parte, denominada de bloco das extrações, compõe-se de um prefácio intitulado A Casa de Minha Cena e dos terceiro e quarto capítulos da tese. O terceiro capítulo descreve e analisa o processo de criação do espetáculo Em Carne e Osso – com seus princípios e processo – e o quarto capítulo, apresenta o itinerário da atenção do espectador construído pela encenadora – neste itinerário, tanto atores quanto espectadores, são considerados seus intercessores humanos.
A quarta e última parte, compõe-se de algumas considerações finais, referências e anexos, encerrando o corpo desta obra.
REVELAR QUEM FALA E DE ONDE FALA
Em 1979, dois acontecimentos foram marcantes para a categoria teatral paraense: em janeiro é fundada a FESAT – Federação de Atores, Autores e Técnicos de Teatro e em setembro, inaugura na cidade o Teatro Experimental do Pará Waldemar Henrique. Por coincidência ou destino, em março deste mesmo ano – inscrita como aluna do Curso de Formação de Ator da Escola de Teatro da Ufpa – eu começo a fazer teatro. A FESAT, o Teatro Experimental do Pará e o Serviço de Teatro da UFPA, hoje Escola de Teatro e Dança da UFPA – ETDUFPA, todos instalados no mesmo bairro da Campina. Um pertinho do outro, o que possibilitava um tráfego intenso de informações e experiências entre os artistas da cena e os jovens alunos-atores.
            Quem já estava na cena, teve com a concepção e a abertura do Teatro Waldemar Henrique, o coroamento de suas lutas e reinvidicações, todas elas organizadas pela Federação Estadual de Teatro Amador do Pará / FETAPA, precedida imediatamente pela FESAT – esta constituída exatamente para representar estes artistas junto ao poder público, mais especificamente à Secretaria Estadual de Cultura, Desportos e Turismo – SECDET1, na pessoa do Sr. Olavo Lira Maia, após uma década de manifestações, protestos e ocupações de logradouros públicos para as apresentações teatrais.
            O Grupo Cena Aberta foi o maior exemplo desta organização. Ocupando durante alguns anos o Anfiteatro da Praça da República – liderado pelo então diretor do grupo, o encenador, cenógrafo e jornalista Luis Otávio Castelo Branco Barata –, este grupo manteve a pressão política sobre o Estado, garantindo a presença da produção teatral no cenário artístico da cidade de Belém, na época.
Neste clima de pleitos, manifestações e negociações, nascem não só o Teatro Waldemar Henrique e a FESAT, mas o caráter experimental de nosso fazer teatral. Digo nosso, porque todos nós que nascemos para o teatro naquele período, demos a nossa primeira respirada cênica experimentando as multiplicidades do palco, os múltiplos formatos de cena, as variadas relações entre palco-platéia, que o “Waldeco” – apelido carinhoso dado por nós, a este teatro – podia nos oferecer.
Nós, desta geração que nasceu para os anos 80, crescemos acreditando no teatro como eterna experimentação – mais que isso, na experimentação como forma de questionamento tanto da linguagem cênica quanto das políticas culturais para o teatro – desejando romper, ingenuamente, as fronteiras das convenções estabelecidas. Para isso, acreditávamos que os elementos da linguagem precisavam, constantemente, ser experimentados: a disposição do espaço cênico para flexibilização da relação atores/espectadores, a escolha dos materiais de cena, o processo de construção das obras, a exposição dos elementos cenográficos, à vista dos espectadores, os processos de criação dos atores, o reconhecimento dos espectadores como construtores de sentido, a atualização constante das temáticas dos espetáculos, a quebra da dramaturgia rigorosa, a construção de novas dramaturgias para a cena, independentes dos textos pré-escritos etc.
Por cerca de uma década, toda esta experimentação fervilhava em nossas veias e atitudes. Mas instalaram-se estados de conflitos por causa de novas políticas e dos novos homens da cultura, todos de costas para o teatro feito aqui no Pará. O Teatro Waldemar Henrique, como o grande agregador das categorias artísticas e estimulador do “novo teatro”, pereceu frente à burocracia, ao descaso e às políticas nada democráticas dos primeiros tempos.
Nós, os criadores de cena, fomos alijados daquele espaço de vida e de arte. Expulsos do paraíso, saímos todos nós, outra vez a mambembar. Porém, já contaminados por uma ética e uma estética derivadas do caráter experimental daquele útero-teatro. Uma força estava em nossas mãos  e isso nos dava coragem para ouvir a voz que vinha do subterrâneo da alma. Ou seria da cidade? A voz: “Se fora possível experimentar inusitadas propostas de cena, dentro de um único espaço, porque não experimentar, cenicamente, espaços outros, para descobrí-lhes o inusitado!?” Afinal, somos filhos do Teatro Experimental do Pará.
Wlad Lima, nasceu em Belém do Pará, em 3 de dezembro de 1961. Graduada em Ciências Sociais pela União das Escolas Superiores do Pará (Unama), com mestrado e doutorado em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (PPGAC/UFBA). Atualmente, na Universidade Federal do Pará, é professora nos cursos técnicos de formação de ator e de cenógrafo, na graduaçao em dança e em teatro, na especialização em Estudos Contemporâneos do Corpo e no mestrado em Artes e Cultura do Programa de Pós-graduação em Artes PPGArtes – do Instituto de Ciências da Arte (ICA). Coordenadora do Projeto de Extensão Observatório do Teatro na Web da Etdufpa. Coordenadora do Projeto de Pesquisa Teatro da Floresta: Uma História do Teatro da Amazônia do Tempo Presente inscrita na Web pelo Grupo de Pesquisa PACA Pesquisadores em Artes Cênicas na Amazônia. Administradora da Rede Teatro da Floresta.

Fonte: https://seminarioteatro.wordpress.com/2015/11/17/teatro-ao-alcance-do-tato-de-wlad-lima-sera-lancado-no-encerramento-do-seminario/

Teatro em Belém - RELIGARE



Uma mesa de formas, gestos cotidiano de uma poeira imaginária, ao redor, anjos de vidas comuns, nascem de delicadeza, ternura e também das mais fortes (contra)tensões e intensidade elevadas.
Religare é uma trama orquestrada entre a realidade e a fantasia, alojada no coração das relações entre corpos que se fazem, irmãos, inimigos, amigos, homem/mulher... eles se embaraçam, se chocam, se irritam, ...se veem, se amam... carregam e se apoiam nas descobertas da vida para dar a impressão de que o tempo passa pelo movimento do corpo.
Como uma poesia metafísica cada movimento desvela um universo particularmente local. Ações cotidianas revisitada por imagem/tempo gestuais conectadas pelos enlaces de uma rede de espaços.
RELIGARE é inspirado livremente nas obras “A Invenção do cotidiano” de Michel de Certeau, “Cultura Amazônica: uma poética do imaginário”, de autoria do poeta João de Jesus Paes Loureiro e na obra “Os sentidos da paixão” sob a organização de Adauto Novaes e intelectuais brasileiros que discutem desde o amor em Platão até a paixão em Pasolini, passando por Freud, Walter Benjamin e Clarice Lispector. DIAS 05 E 06 DE DEZEMBRO NO TUCB AS 19:30h - ENTRADA FRANCA
 
 

Teatro em Belém - Um Colar para Nanã


"Foi na beira daquele rio quase seco que eu a encontrei. Um rosto negro, com traços fortes. Ainda me lembro da expressão daquele rosto com clareza. Era Nanã a abençoar o meu encontro com o rio".
É com imenso prazer que venho te convidar para dividir esse momento lindo conosco do COLETIVO 3NÓS, nos dias 24 e 25 de NOVEMBRO, às 20h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas (Rua Jerônimo Pimentel, 54...6, esquina com D. Romualdo de Seixas).
INGRESSOS:
R$ 10 (antecipado)
R$ 20 (inteira na hora)
R$ 10 (meia na hora)
Mais informações: (91) 98209-2308
Te espero lá!
EVOÉ!
 

4º Luau Regional


Este evento sempre acontece na praia em frente ao Museu na cidade de Santarém, sempre organizado por um grupo cultural alternativo intitulado Movimento pela Cultura, com uma programação cultural que vai do regional ao rock e atrai um público grande e significativo, a dança, a música e o público se misturam em uma grande festa, imperdível!