quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Contação de Histórias na Fox Dr. Moraes (in Belém)
Quando chega o final de semana, a criançada nem pensa duas vezes antes de escolher o que quer fazer. Programação infantil é na Fox. E neste sábado (17/11), às 17h, quem vai fazer alegria da meninada é Lilian Ticia com histórias lindas e inéditas.
#programaçãoinfantil #diversao #temnafox — com Lilian Ticia Souza Ferreira
Uma Descrição Panorâmica do Espetáculo Teatral Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos
O diretor de teatro do Grupo Olho D'água Elder Aguiar, atualmente acadêmico do curso de Teatro da UNIFAP, vem nos presentear com um resumo expandido em forma de análise do nosso trabalho de pesquisa que resultou em um espetáculo teatral, o imaginário amazônico e a forma estética estão apresentadas, neste breve resumo do seu artigo acadêmico que apresenta o processo de montagem do espetáculo, vamos conferir abaixo!
Imagem: Clodoaldo Corrêa
Área temática: Ensino, pesquisa e extensão em arte e cultura: Iniciativas de ensino, pesquisa e
extensão no âmbito dos cursos de graduação e pós-graduação.
A RELAÇÃO DE ALGUNS DOS FUNDAMENTOS DO KATA DO KARATÊ - DÔ NA
CONCEPÇÃO DOS GESTOS DA MONTAGEM CÊNICA CONTOS, CANTOS E
ENCANTOS TAPAJÔNICOS
Elder Otavio Santos Aguiar 1 , José Flávio Gonçalves da Fonseca 2
1 Estudante do Curso de Teatro – licenciatura – Universidade Federal do Amapá, E-mail: elder.aguiar@hotmail.com ,
2 Docente do Curso de Teatro – licenciatura da Universidade Federal do Amapá E-mail: flaviofonseca@unifap.br
RESUMO: Este resumo aborda de forma panorâmica os processos de construção da montagem cênica Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos, relacionando as (posições) técnicas de movimentação corporal coreografadas do Kata do Karatê como ponto de partida para a elaboração e a construção de um estudo sobre os gestos utilizados pela atriz na contação das histórias do espetáculo.
Palavras–chave: Processo de criação, Movimento, Gesto, Contação de Histórias, Kata.
INTRODUÇÃO
Este resumo busca registrar (explanar de forma panorâmica) o processo de pesquisa e construção cênica do espetáculo “Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos”, desenvolvido no ano de 2010 pelo Grupo de teatro Olho D´água na cidade de Santarém – PA, que fica às margens do Rio Tapajós, na região Oeste do Pará. A pesquisa de catalogação das histórias e sua elaboração prática, foi realizada pelo ator e diretor Elder Aguiar e pela atriz e pesquisadora Elizangila Dezincourt.
DESENVOLVIMENTO
A montagem deste trabalho obteve referenciais estéticos e poéticos de dois espetáculos solos intitulados – “O Descobrimento das Américas” – (2004) do ator Júlio Adrião - RJ e “Cartas de Um Pirata” (2006) do ator Vinicius Piedade – SP. Ambos contam com uma sutileza estética dos elementos cênicos, onde as potencialidades expressivas do ator em cena se evidenciam. Montagens estas com narrativas diferentes; uma apresenta uma narrativa de forma cronológica como “O Descobrimento das Américas” e a outra uma narrativa de forma não linear, ou seja, recortada, “Cartas de Um Pirata”. Após assistir esses dois processos citados anteriormente, e influenciado pelas leituras acerca do Teatro Pobre de Grotowski, despertei a necessidade de trabalhar “(...) a técnica cênica e pessoal do ator como a essência da arte teatral” (GROTOWSKI, 1992, p.14), com ênfase no trabalho corporal da
atriz, como potencial expressivo na contação das histórias. Mas, o que contar? Essa problemática perdurou durante algum tempo no grupo que, depois de diversas reuniões, decidimos contar as histórias e lendas da Amazônia. Assim, delimitamos cinco cidades para início da pesquisa as quais foram: Alenquer, Oriximiná, Óbidos, Juruti e Santarém, principais cidades situadas no Baixo Amazonas, na região Oeste do Pará, reconhecidas por suas riquezas naturais e culturais. Assim, na perspectiva de uma pesquisa bibliográfica saímos para a coleta e catalogação das histórias do imaginário amazônico e da literatura oral, passadas de geração (em) para geração. Em seguida, sob a perspectiva de uma pesquisa mais etnográfica fomos à procura dos contadores de histórias in loco para registrar através de filmagem a transmissão oral dessas histórias, ressaltando um perfil social diversificado, variando desde professores da rede pública de ensino a pescadores, agricultores, rezadeiras, donas de casa, também adentrando em comunidades tradicionais, povos da floresta, comunidades indígenas e quilombolas. Todas as histórias foram gravadas em vídeo, durante 20 dias, possibilitando a catalogação e a formação de um amplo acervo. Na terceira etapa iniciamos um processo cartográfico a partir do material levantado e dos dados colhidos, partindo assim, para a produção de novos dados de pesquisa, a partir da edição das histórias e a separação das entrevistas por cidade, onde a presença da atriz foi constante em todo o processo. Após a escolha das histórias, iniciou-se um processo que consistia no ato de contar as histórias escolhidas. Através da visualização dos vídeos, a atriz exercitava a sua forma pessoal de contação. Esse processo durou cerca de 30 dias e, ao final, a atriz já conseguia contar todas as histórias à sua maneira, desenvolvendo sua forma pessoal de narração. No próximo passo ocupamo-nos em trabalhar as nuances desse “texto”, as pausas, as inflexões e intensões, dando início a um exercício de respiração que consistia no encontro das vírgulas das histórias; no trabalho de mesa, a atriz, ora sentada, ora deitada no chão, com limitações extremas de movimento, exercitava a contação, proporcionando a atriz um treinamento, uma preparação, aperfeiçoamento, uma condensação dessa dramaturgia oral narrada por ela. Em seguida, todas as histórias foram transcritas para o papel pela própria atriz, garantindo a materialidade e a construção de uma partitura textual das histórias.
Os primeiros experimentos físicos, após a construção textual, consistiam inicialmente em um trabalho de alongamento muscular completo, em seguida de deixar a atriz se movimentar livremente no palco, marcando e delimitando o seu espaço. Após esse tempo, iniciávamos a realização de exercícios cênicos de improvisação corporal. De forma separada, realizei um processo semelhante ao primeiro, induzindo a atriz a contar somente com o corpo, sem nenhum uso da palavra ou de sons expressivos, nascendo essencialmente do corpo, os movimentos improvisados.
A etapa seguinte foi o da elaboração de uma sequência de movimentos, pensando sempre num desenho de percurso, compondo esse movimento na mente, para em seguida pôr em prática, construindo uma coreografia, tendo o Kata do Karatê-Dô como eixo fundamental e ponto de partida no processo de elaboração dos gestos da atriz na contação de histórias, que de maneira pessoal e íntima, se utilizou de todo o seu repertório e sua corporeidade para compor um rascunho de movimentação para a contação das histórias. Nessa etapa, a atriz propôs alguns movimentos que foram condensados com a intensa repetição, formando uma coreografia, uma espécie de kata do Karatê-Dô.
De forma sistemática experimentamos como proposta a limitação do espaço cênico e a minimização dos movimentos, mais um ponto de correlação com o kata que limita o espaço no momento de sua execução. Posteriormente, a atriz pôde iniciar um trabalho de expansão dos movimentos, construindo um rascunho de espetáculo, em um processo crescente de experimentações cênicas, a ser codificado com o passar do tempo. Cada frase era atrelada a um gesto que era pensado/refletido e construído mentalmente, visualizando o movimento na cena, o modo de falar era igualmente pensado, assim, passávamos para frase seguinte, relembrando e ligando cada movimento pensado e assim sucessivamente até o fim.
CONCLUSÃO
O presente artigo traça apenas um caminho panorâmico e pontual acerca do processo de construção do espetáculo Contos, Cantos e Encantos Tapajônicos, tendo como bases a condensação dramatúrgica, pessoal, íntima e única da atriz-narradora, como também no aspecto físico a apropriação de algumas características do Kata do Karatê-Dô como a sua base inicial (kamae) e a delimitação do espaço, no nosso caso cênico e a observância dos desenhos gestuais realizados na execução do Kata, que neste caso com observância nos desenhos produzidos pelas experimentações corporais da atriz no ato da contação das histórias. Esse estudo e reflexões acerca dos processos foram para nós primordiais, fornecendo subsídios técnicos e teóricos, formando uma base para início da elaboração da partitura/coreografia de gestos construídos no trabalho de contação de histórias. Ao descrever mesmo que de certa forma superficialmente, contribuímos diretamente com a possibilidade de realização de outras experimentações e estudos com base nesse conjunto de “métodos” realizados pelo Grupo Olho d’agua.
REFERÊNCIAS
BARBA, Eugenio; SAVARESE, Nicola. A Arte Secreta do Ator: um dicionário de antropologia teatral / Eugenio Barba, Nicola Savarese; tradução de Patrícia Furtado de Mendonça.- São Paulo: É Realizações, 2012.
FINO, Carlos Nogueira. A etnografia enquanto método: um modo de entender as culturas (escolares) locais. - Universidade da Madeira, p. 5 e 6. Disponível em <http://hugoribeiro.com.br/biblioteca-digital/Fino-Etnografia_enquanto_metodo. pdf - acesso em 25/06/2016. Às 20h> (ARTIGO)
GROTOWSKI, Jerzy. 1968 - Em busca de um Teatro Pobre / Jerzy Grotowski; Tradução para a língua portuguesa de Aldomar Conrado. 4. ed – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1992.
GUIMARÃES, Marcos; GUIMARÃES, Fernando. O Caminho das Mãos Vazias, Karatê- Dô / Marcos Guimarães, Fernando Guimarães – Belo Horizonte: 2002.
KASTRUP, Virgínia; PASSOS, Eduardo; ESCÓSSIA, Liliana. (Org.). Pistas do Método da Cartografia. Pesquisa-intervenção e produção de subjetividade, 2. ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.
Espetáculo Teatral Mulheres (in Belém)
As Luzes da Ribalta vem iluminar este ano Grandes MULHERES que cantam e encantam, que marcaram a nossas histórias de vida, MULHERES da Liberdade, nas diversas Artes e suas Linguagens, MULHERES que dançam a dança da vida e geram a Esperança de um futuro Melhor! É para Vocês este espetáculo!!! A Escola de Dança Ribalta apresenta:
MULHERES
19 e 20 de Novembro
Sempre as 19:30h
Local: Theatro da Paz
Esperamos todos vocês!
fonte:https://www.facebook.com/gordawlad?fref=ts
Espetácúlo Teatral Esse Corpo Que Me Veste (in Belém)
Em cartaz no Cuíra:
ESSE CORPO QUE ME VESTE
DIAS 24,25,26 de novembro
Dias 01,02,03 de dezembro
20 horas
Espaço Cuíra
Ingressos no local 👆🏼
Direção de Wlad Lima
Com Olinda Charone e Zê Charone
Luz e Direção de Arte de Patrícia Gondim
Sonoplastia de Leoci Medeiros
Figurinos de Grazi Ribeiro
Dramaturgia Edyr Augusto Proença
Operação de luz Aryane Gondim
Produção Grupo Cuíra Do Pará
Cleide Quadros
Dani Cascaes
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1214660301905975&set=a.207994715905877.49577.100000860502247&type=3&theater
Espetáculo Teatral Cerimônia de Olhares (in Belém)
A Cia. Atores Contemporâneos celebra em 2016 vinte e cinco anos de atuação ininterrupta no cenário artístico brasileiro como uma das mais importantes companhias independentes do norte do Brasil. Fundada em 1991, em Belém do Pará, pelo encenador Miguel Santa Brigida, a Cia desenvolve uma singular pesquisa de linguagem autoral denominada Teatro do Movimento que se insere na vertente do teatro experimental contemporâneo. Miguel Santa Brigida além de encenador, ator, produtor é Mestre em Artes Cênicas pela UFBA (2002), Doutor em Artes Cênicas pela UFBA (2006), Pós-doutor em Artes Cênicas pela UNIRIO (2010), é professor da UFPA/ ICA (Instituto de Ciências das Artes), atuando na Escola de Teatro e Dança nos cursos Técnicos, Graduação e Pós-Graduação, atualmente é Vice-coordenador do PPGARTES.
O Teatro do Movimento criado pelo encenador caracteriza-se como linguagem cênica contemporânea desenvolvida há 25 anos pela Cia que investiga uma dramaturgia autoral a partir do corpo de seus atuantes inseridos na relação Homem X Movimento e no binômio Tempo-Espaço.
Durante os 25 anos de sua trajetória na linguagem do Teatro do Movimento a Cia. Atores Contemporâneos se apresentou em todos os teatros da cidade como o Teatro da Paz, Teatro Margarida Schiwazzapa, Teatro Waldemar Henrique, Teatro do SESI, Teatro do CCBEU. Destaca-se, entretanto, como signo-marca de sua pesquisa a apropriação poética de espaços não convencionais como lugar de seu experimentalismo, como praças, ruas, supermercados, museus, prédios históricos da cidade, casarões, bosque, dentre outros. Na década de 90 a Cia foi uma das pioneiras a possuir sua sede, o Teatro da Companhia o qual manteve por sete anos. Neste espaço a Cia produziu seus espetáculos, ministrou cursos e oficinas além de sediar espetáculos de outros grupos.
Neste traçado singular de sua poética, Miguel Santa Brigida, criou o conceito de Instalação Cênica, formato de espetáculo foi lançado por ele nos anos 90, exatamente para as comemorações dos aniversários da Cia. Segundo o encenador, trata-se de um “inventário poético-cênico autoral”, no qual o artista revisita, recria e instala em outro tempo e lugar fragmentos de espetáculos de seu repertório, recombinados poeticamente e entrelaçando os temas, personagens e cenas em uma instigante dramaturgia do Teatro do Movimento em suas recorrências espetaculares.
fonte: http://www.eupatrocino.com.br/cerimonia-de-olhares-cia-atores-contemporaneos
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