O Manifesto abaixo se deu após o questionamento levantado por Candido - profissional do Instituto Maestro Wilson Fonseca onde questionou o Secretario de Cultura Nato Aguiar disse que o Instituto não era prioridade para sua secretaria, dai por diante ficou difícil continuar colocando panos quentes em uma situação que já dura uma ano e três meses
Do Blog da Franssinete Florenzano
Somos todos Instituto Maestro Wilson Fonseca
O
secretário de Cultura de Santarém, Nato Aguiar, cometeu uma enorme
injustiça em reunião na Câmara Municipal, onde praticamente toda a
classe artística estava presente. Ele disse que o Instituto Maestro
Wilson Fonseca não é prioridade da Secretaria de Cultura do Município,
declaração infeliz que confirma o verdadeiro abandono por parte da
prefeitura à respeitada e admirada instituição, com a não renovação dos
contratos dos professores e nenhum apoio, embora, na campanha, por
várias vezes o prefeito Alexandre Von tenha dito que o Instituto seria
priorizado e o diretor, Agostinho Fonseca Neto, o maestro Tinho, tenha um trabalho reconhecido por toda a sociedade. Com mais de vinte anos de tradição no ensino da música, período
em que formou grandes músicos (instrumentistas e cantores) que hoje são
profissionais, professores, regentes, além de sua participação na arte
da dança e do teatro, tanto em Santarém como em outros municípios e até
em outros Estados, com média de 100 apresentações públicas por ano, o
Instituto Maestro Wilson Fonseca passa por sérias dificuldades
financeiras e estruturais como espaço inadequado, carência de
instrumentos musicais e professores não remunerados. Falta de respeito a
um trabalho reconhecido pela Câmara Municipal como de utilidade pública, e que recebeu do Ministério da Cultura prêmio de âmbito nacional.
O
Instituto Maestro Wilson Fonseca atende a mais de mil alunos, tanto em
sua sede principal, que funciona nas dependências da Casa da Cultura,
como nos cinco polos que são mantidos pelas comunidades dos bairros e
cidades onde estão instalados. Polos de extensão em Santarém: Igreja São
José Operário; Igreja São Paulo Apóstolo; Igreja Santa Rita de Cássia;
Escola "Ivonete Nascimento", no Eixo Forte (Rodovia
Santarém/Alter-do-Chão) - em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores
Rurais de Santarém e a Fundação Carlos Gomes. Em breve, o polo de
extensão na Área Verde. Há um polo de extensão em Óbidos e logo haverá
um em Juruti.
Das duas, uma: o secretário de Cultura desmentiu o prefeito (seu pronunciamento está gravado); ou não está nem aí para os compromissos assumidos por Alexandre Von.
Ao
Instituto Maestro Wilson Fonseca estão vinculados a Escola de Música
Maestro Wilson Fonseca, a Escola de Dança Contemporânea Maestro Wilson
Fonsecae
a Escola de Teatro Maestro Wilson Fonseca. A instituição sempre mereceu
parcerias com a Fundação Carlos Gomes, Secretaria de Estado de Cultura
do Pará e a Prefeitura de Santarém, além do apoio da comunidade local.
A
Escola de Música Maestro Wilson Fonseca, fundada em 02 de agosto de
1993, a partir da iniciativa da Profª. Glória Caputo, então
superintendente da Fundação Carlos Gomes, na implantação Pólo de
Santarém no Projeto de Interiorização, é instituição sem fins lucrativos
e atua na valorização e desenvolvimento da cultura musical. Já
conquistou diversos títulos, homenagens, elogios, prêmios e,
principalmente, respeito e reconhecimento público. Muitos talentos foram
descobertos e lapidados pela Escola, que atende centenas de crianças e
jovens a partir de 7 anos de idade e, além do estudo da música, oferece
formação moral e cívica.
A
Orquestra Jovem Maestro Wilson Fonseca, criada em 21 de junho de 1995,
já se apresentou em várias cidades da Amazônia, inclusive Belém, e em
outros Estados: em Salvador, no Teatro SESC Pompéia e no Theatro
Municipal de São Paulo. É a única Orquestra Jovem, no Brasil (na época
com formação e nome de “Banda Sinfônica Wilson Fonseca”), agraciada com o
Prêmio Ministério da Cultura, denominado Prêmio Mário de Andrade, em
1998, por sua participação no cenário artístico cultural brasileiro e
destacada atuação em seu ramo de atividade. Em 2002 foi
contemplada com a Comenda da Ordem do Mérito “Jus et Labor”, no grau de
Oficial, concedida pelo TRT da 8ª Região, a primeira, no gênero, em
favor de uma entidade similar. Além de dois CDs (“Sinfonia Amazônica”),
gravou o DVD “A Música e o Maestro".
A
Escola de Música mantém, além da Orquestra Jovem, cursos de
Musicalização, Canto Coral, Instrumentos de Sopro, Instrumentos de
Percussão, Violão Popular, Dança e Teatro, e administra diversos grupos:
Coral Jovem Wilson Fonseca, Grande Coral, Baby Coral, Banda do curso
preparatório, Coral de Madeiras, Coral de Metais, Coral de Percussão,
Coral de Flauta Doce, Cameratas diversas, Quintetos, Quartetos, Trios,
Duetos, Solistas (grupos camerísticos), Companhia de Dança
Contemporânea, Grupo de Oração, Ministério de Música e Ministério de
Dança São Gabriel, dentre outros, num grande leque de atuação. Um sonho
há muito acalentado é a implantação do “Projeto Cordas” e a criação da
primeira orquestra sinfônica do interior da Amazônia, o que depende de
professores especializados, do instrumental (violinos, violas,
violoncelos e contrabaixos de cordas) e do necessário apoio das
instituições públicas e privadas.
Orquestra
e Escola são consideradas “Cartão de Visita Musical” e “Patrimônio
Cultural” de Santarém. A partir de 2011, foi incluído o curso de Dança
Contemporânea, Jazz e Balé nas modalidades infantil e juvenil (adultos
também participam), e também na formação do Ministério de Dança São
Gabriel. Anualmente, desde 1998, a Escola de Música promove o “Festival
de Arte Wilson Fonseca”, que integra o Calendário de Eventos Culturais
de Santarém, quando se celebra o aniversário de seu patrono (17 de
novembro), com exposições e espetáculos sobre a vida e a obra do
compositor.
O
Instituto tem inegável valor para o município e toda a região, tem
formado músicos que influenciam na cultura amazônica e no aprendizado
dos jovens musicistas. José Agostinho Jr., neto de Isoca, regente
adjunto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e regente da Orquestra
Vale Música, estudou lá. Cerca de 80% dos músicos que atuam hoje em
Santarém são oriundos da Escola de Música do Instituto Maestro Wilson
Fonseca.
É preciso que o prefeito Alexandre Von se posicione com a presteza que o caso requer.
Apelo
ao vice-governador Helenilson Pontes, santareno sensível aos justos
reclamos, que use de sua influência política para garantir os
instrumentos e recursos necessários à manutenção do belíssimo trabalho
executado pelo Instituto Maestro Wilson Fonseca em prol do resgate da cidadania de nossas crianças e jovens.
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